sexta-feira, março 06, 2009

UMA PIPA NO CÉU...



Fala galera... Quando li esse texto do Pe. Fábio de Melo em seu blog (http://filhodoceu.blogspot.com/), não pensei duas vezes: tinha que postá-lo aqui.

Leiam e reflitam um pouco. Quantas vezes não conduzimos nossas vidas da forma como ele apresenta nesta linda metáfora?

É isso! Fiquem com Deus.

UMA PIPA NO CÉU

A vida exige leveza, assim como a viagem. A estrada fica mais bonita quando podemos olhá-la sem o peso de malas nas mãos.Seguir leve é desafio. Há paradas que nos motivam compras, suplementos que julgamos precisar num tempo que ainda não nos pertence, e que nem sabemos se o teremos.Temos a pretensão de preparar o futuro. Eu tenho. Talvez você tenha também. É bom que a gente se ocupe de coisas futuras, mas tenho receio que a ocupação seja demasiada. Temo que na honesta tentativa de me projetar, eu me esqueça de ficar no hoje da vida.Os pesos nascem desta articulação. Coisas do passado, do presente e do futuro. Tudo num tempo só.Há uma cena que me ensina sobre tudo isso. Vejo o menino e sua pipa que não sobe ao céu. Eu o observo de longe. Ele faz de tudo. Mexe na estrutura, diminui o tamanho da rabiola, e nada. O pequeno recorte de papel colorido, preso na estrutura de alguns feixes de bambú retorcidos se recusa a conhecer as alturas.O menino se empenha. Sabe muito bem que uma pipa só tem sentido se for feita para voar. Ele acredita no que ouviu. Alguém o ensinou o que é uma pipa, e para que serve. Ele acredita no que viu. Alguém já empinou uma pipa ao seu lado. O que ele agora precisa é repetir o gesto. Ele tenta, mas a pipa está momentaneamente impossibilitada de cumprir a função que possui.Sem desistir do projeto, o menino continua o seu empenho. Busca soluções. Olha para os amigos que estão ao lado e pede ajuda. Aos poucos eles se juntam e realizam gestos de intervenção...Por fim, ele tenta mais uma vez. O milagre acontece. Obedecendo ao destino dos ventos, a pipa vai se desprendendo das mãos do menino. A linha que até então estava solta vai se esticando. O que antes estava preso ao chão, aos poucos, bem aos poucos, vai ganhando a imensidão do céu.O rosto do menino se desprende no mesmo momento em que a pipa inicia a sua subida. O sorriso nasceu, floresceu leve, sem querer futuro, sem querer passado. Sorriso de querer só o presente. As linhas nas mãos. A pipa no céu...

Pe. Fábio de Melo.

2 comentários:

Anônimo disse...

Era fã das músicas do Pe. Fábio e agora sou também fã dos textos dele.

Muito bonito as palavras que ele usou e parabéns por ter postado isso no blog...

E quando pretende postar mais coisas? Seus textos por exemplo?

=]

Adorei, voltarei mais vezes.

BeijO

@HumbertoMelo83 disse...

Obrigado, pessoa secreta e educada... =)