
Desde a semana passada não se fala em outra coisa: a morte de Michael Jackson. Um cara que, já com 5 anos de idade, construiu o sucesso como sua realidade, como sua história. Não deve ser fácil lidar com isso, ainda mais quando você cresce cercado por intolerância, mentiras e cobranças. A grande marca do Rei do Pop, sem dúvida, foi seu estilo excêntrico de ser. As plásticas no nariz, a pele que mudou de cor (acho que até um camaleão estranharia tal mudança), os diversos tipos de penteados, sua relação (mais que obscura) com as crianças, além de todo o consumismo que envolve um milionário. Nos acostumamos a comentar esses e outros tantos fatos da vida de Michael, mas será que não somos tão excêntricos quanto ele? Guardados às devidas proporções de nossas vidas, imagine quantas coisas absurdas fazemos e pensamos todos os dias. Não temos os holofotes do showbizz sobre nós, talvez por isso simplesmente preferimos ignorar nossas bizarrices. Sabe, não tenho uma opinião formada sobre Michael Jackson. Posso apenas dizer que, de certo modo, ele fez parte da minha vida durante anos, com músicas inegavelmente incríveis. É estranho quando ícones tão fortes caem por terra, mesmo quando já estão sucumbindo há tempos. Talvez seja porque são apenas seres humanos como nós.